Coletivo de Artistas (Dançarinas/Performers) graduadas em em Dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Aqui-agora fica o vazio, e permanecerá cheio... de trocas... das nossas referências, investigações, trabalhos artísticos, etc. Bem vindos!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Bambu oco - Intervalo de existência

A imagem de uma escuridão plena em balões de ar brancos nos tomou.

Que propriedade curiosa, esta de ser um objeto palpável em uma instância, mas em outra não passar de uma película que envolve nada... a não ser o que já está e continuará estando (o 'ar'), com ou sem contenção. Ao mesmo tempo que envolve muito do invisível para nós, por sua vez. Este ponto de vista evidencia sutilmente o que Platão, há muito, já havia colocado... que na verdade o tanto que ignoramos é bem maior do que todo o resto que sabemos.... 
Engraçado como essa simples 'realidade bexiguenta' me trouxe à luz ainda o 'Princípio da incerteza' de Heinsenberg! é isso... as partículas subatômicas, assim como as bexigas, são dotadas desse aspecto dual. Dependendo da forma pela qual vc as questiona, elas se mostram ora como partícula - ou seja, uma entidade confinada a um determinado volume (partícula - balão), e ora como algo que se espalha por uma extensa região do espaço (onda - ar).

Quanta contradição quântica me foi apresentada nessa rélis observaçao dos balões de ar!


poetizando...


Um espaço preto em branco.
Um intervalo para observação e experiência do vazio em existência.
Uma caixa preta preenchida de breves espaços ocos.
Como brancas nuvens, balões de ar: 
espaços vazios insubstânciais enchem e ocupam espaço.
Como nós mesmos. Como o universo.
Mais preenchidos de nada, que de outra coisa.




Um comentário:

  1. yeah!!!

    de longe... indo... como uma bexiga que não resiste ao vento... mas acompanhando "tudo"! vamos que vamos, MOUNAS!
    beijos!

    Gláu.

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