Coletivo de Artistas (Dançarinas/Performers) graduadas em em Dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Aqui-agora fica o vazio, e permanecerá cheio... de trocas... das nossas referências, investigações, trabalhos artísticos, etc. Bem vindos!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Omphalos - um desdobramento espontâneo de "A isto denomino"


"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez enquando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nasceu deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo..."

O processo criativo de "A isto denomino" é como um baú sagrado, toda vez que abro, espontânea ou intencionalmente, observo uma perspectiva jamais vista, porém completa de significados e relações dialógicas com o momento atual.

Desta vez, passeando no Parque de Pituaçu vi a primeira imagem (acima, capturada em 2012, na Escola de Dança da UFBA em um de nossos labs) surgir e se desenvolver enquanto ação. Direta e misteriosamente relacionada com as águas (tema ultimamente recorrente), o lago do Parque, neste caso, vi uma silhueta que se desdobra em duas possibilidades, unidas essencialmente, emaranhadas, como o 'Uno' desdobrando-se.

Da comunicação permanente entre estas partes particulares de um todo, rememorei um objeto da antiguidade, que conheci através de Zecharia Sitchin e seus estudos arqueológicos. Um artigo de significado simbólico para estudiosos mais tradicionais, porém funcional para aqueles outros mais 'holisticos' (Zecharia), se assim posso dizer. Para este, trata-se de um instrumento de comunicação guardado em templos, responsável pela comunicação entre seres 'não presentes' e aqueles presentes (geralmente reis e heróis), classificado pela população da época como 'oráculo'. Há evidências escritas que convergem a este respeito.

Enfim, o possível emaranhamento quântico dessas partes de um todo desdobradas, a princípio em dois e posteriormente em mais, quem sabe, numa vastidão natural suscitaram conexões com o sagrado dos tempos remotos, recursos de comunicação com o todo....

Será que ficou capturável esta realidade?! Se não, fiquem com as imagens.... O resto há de chegar ;)



terça-feira, 4 de março de 2014

Narcisa me O carnaval

Segunda de carnaval - 03.03.14, São Paulo,  levamos os mascarados de 'Narcisa me' à Avenida Paulista...
Entre as experiências reflexivas de caos(narval) do centro urbano, encontramos o art(e)ista Blink Stefanus, e sua 'trupe', que nos propuseram a brincadeira: trocar um cheque/ilustração da nossa performance, feita no momento imediato, por uma foto nossa sem máscara. O registro desse jogo é agora parte da proposta do "Blink Project"! http://www.blinkstefanus.com
Adoramos a brincadeira. Este é o nosso cheque ilustrado... Viva o escambo de carnaval!
"...mas éééé carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa acabar, deixa o barco correr
Deixa o dia raiar que hoje eu sou da maneira que você me quer
O que você pedir eu lhe dou, seja você quem for
Seja o que Deus quiser..."


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Narcisa me _21012014




Recente experiência interventiva em "Narciza-me". Desta vez: "Narcisa me" através de Luiza, Gláucia e Gatha, no bairro do Costa Azul e Av. Tancredo Neves, Salvador - Ba. Áreas de emergências em reflexos locais.

















Imagens de registro: Eros Ferreira / Edição: Gatha


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Devaneios de uma tarde encharcada, ao som de Chopin - Nocturne No.7 Op. 27/1

Dando Boas Vindas à "energia que nos conduz(iu) a este momento agora, e que imergiremos/submergiremos no agora de daqui a pouco"...






sábado, 15 de junho de 2013

...



"Narciza-me" surgiu primariamente como um desdobramento da pesquisa do Coletivo Mouna acerca da alteridade, e posteriormente numa crítica à impessoalidade nos relacionamentos cotidianos na cidade de Salvador, às relações entre soteropolitanos em redes sociais através de uma “auto-midia”, à poluição de estímulos visuais em nossa cidade, e ainda à profunda identificação da nossa sociedade com a imagem do corpo. Além disso, a estética das máscaras espelhadas remete àquelas utilizadas nos vidros dos carros e em estabelecimentos comerciais ou prédios empresariais, incitando, para além da temática da estética contemporânea, uma reflexão sobre a sensação de insegurança da nossa cidade e a necessidade em se proteger do olhar do outro. Por fim, relacionamos toda essa problemática com o mito de Narciso e suas possíveis interpretações, frente a uma ação simplória, olhar seu próprio reflexo numa superfície espelhada.
O nome da intervenção traz intencionalmente em si uma carga mitológica bem conhecida, referente à história de Narciso, que para os gregos, simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que era emocionalmente entorpecido pela reação daqueles que se apaixonaram pela sua beleza e pelo seu próprio entorpecimento ao contemplar pela primeira vez a própria face (o que o levou a morte). Além do conhecido como a moral da história de Narciso, o mito pode ser interpretado, como sendo uma representação do drama da individualidade, da ilusão da separatividade entre o “eu” e o outro, entre o “eu” e o mundo e entre o “eu” e a sua própria essência.
A intervenção urbana em questão se destaca pelo seu caráter estético e provocador, no qual, a simples circulação dos performers em contextos cotidianos já é capaz de desestabilizar o ambiente. Em seus acontecimentos prévios provocou múltiplas sensações. Conquistou apreciação, questionamento e incômodo por parte do público transeunte. Foram suscitados pelos mesmos, timidez ao se deparar de frente com os performers, curiosidade a respeito da temática, interesse pelo que havia por detrás da máscara e olhares furtivos e arredios, com eventuais desvios do caminho para se livrar de tal “embate”.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Reverberação Cósmica

Me esbarrei com esta imagem nos percursos da vida. O autor é o artista Joma Sipe, e mal sabe que capturou da 'criatividade inconsciente coletiva' ou 'campo akáshico' uma das imagens do trabalho "A isto denomino sentar e esquecer todas as coisas" do Coletivo Mouna. Gratidão Joma Sipe. Namastê.


PS: Se tentássemos ilustrar não conseguiríamos tal delicadeza e objetividade! Impressionante. As cores, os simbolos, a textura, o movimento, a totalidade relacionada.... Está tudo aí!